sábado, 10 de julho de 2010

:'D

Um dia , o mais provável é tornares-te num chato ,
deixares de sair à noite e começares a levar-te
demasiado a sério . Nesse dia , vais começar a vestir
cinzento e bege , pedir para baixar o volume da música e
deixar a tua guitarra a apanhar pó . Vais tornar-te
politicamente correcto , socialmente evoluído ,
economicamente consciente . Vais achar que tens de
ir para onde toda a gente vai e assumir que tens de
usar fato e gravata todos os dias . Nesse dia , vais
deixar de beijar em público , as tuas viagens serão
mais vezes no sofá e dormirás menos ao relento . É
oficial . Vais entrar na idade do chinelo e deixar de
ser quem foste até então . Vais deixar de te sentar ao
colo dos amigos e vais esquecer-te de como se faz um
quantos-queres ou um barco de papel . Vais ficar
nervosinho se não trocares de carro de quatro em quatro
anos e desatinar se o hotel onde estiveres não te der
toalhas para o teu macio e hidratado rosto . Vais
tornar-te muito crescido e começar a preocupar-te com
tudo e com nada e a não fazer nada porque “vai-se
andando” e a vida é mesmo assim . Vais dizer não mais
vezes , vais ter mais medo , vais achar que não podes ,
que não deves , que tens vergonha . Vais ser mais triste .
Aqui fica uma ideia : quando esse dia chegar , não lhe
fales .


Mantém-te original
¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦

quinta-feira, 6 de maio de 2010

:'$


Nunca pensei muito na forma como iria morrer . Mas … morrer em vez de alguém que amo … parece.me uma boa forma de partir . Não consigo arrepender.me das decisões que me puseram cara a cara com a morte . Elas também me levaram a ti . Tu , e o teu perfume … são como uma droga para mim . Como um tipo de heroína só meu . Não tenho medo de ti … só tenho medo de te perder … sinto que podes desaparecer . Estou a morrer … a cada segundo , estou mais perto ...

segunda-feira, 3 de maio de 2010

“Sabes , quem não acredita em Deus , acredita nestas coisas , que tem como evidentes . Acredita na eternidade das pedras e não na dos sentimentos ; acredita na integridade da água , do vento , das estrelas . Eu a credito na continuidade das coisas que amamos , acredito que para sempre ouviremos o som da água no rio onde tantas vezes mergulhámos a cara , para sempre passaremos pela sombra da árvore onde tantas vezes parámos , para sempre seremos a brisa que entra e passeia pela casa , para sempre deslizaremos através do silêncio das noites quietas em que tantas vezes olhámos o céu e interrogámos o seu sentido . Nisto eu acredito : na veemência das coisas sem principio nem fim , na verdade dos sentimentos nunca traídos . e a tua voz ouço.a agora , vinda de longe , como o som do mar imaginado dentro de um búzio . Vejo.te através da espuma quebrada na areia das praias , num mar de Setembro , com cheiro a algas e a iodo . E de novo acredito de que nada do que é importante se perde verdadeiramente . Apenas nos iludimos , julgando ser donos das coisas , dos instantes e dos outros . comigo caminham todos os mortos que amei , todos os amigos que se afastaram , todos os dias felizes que se apagaram . Não perdi nada , apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre …”